GRUPO DE JOVENS ÁGUA VIVA

GRUPO DE JOVENS ÁGUA VIVA
Grupo de Jovens Água Viva 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Eu, um líder

Para muitos que me vêem posso não ser o melhor, ou o mais bem preparado. Mas para mim é assim: faço o melhor todo tempo. Por falar me tempo, tomo por base os tempos nos quais não fui um líder, mas um liderado.

Lembro-me do meu primeiro líder, que quando nasci já está lá. Graças a ele vim ao mundo. Ele era severo e não aceitava opiniões. Suas decisões não tinham curva e as regras do jogo variavam de acordo com a situação e humor dele. Poderia me rebelar? Não! Nunca! Seria castigo na certo. Eu não era escravo, nem tão pouco livre, mas tinha um líder.

Depois conheci outro líder. Creio que o primeiro dos anjos [da igreja]. Ele tinha aspecto dócil e gentil. Ele sabia remar bem o barco, mas chorava com facilidade e mais ainda fazia chorar. A verdade, afinal, não é anestésico em ninguém. Ele nunca me feriu gravemente. Muitas vezes curou minhas feridas. Mas nunca me notou por si. Eu sempre tinha que chorar para ser visto.

Ainda no mesmo tempo tive outro líder. Este mais ágil, mais estruturado, bem como mais humano. Me ensinou que a dedicação ao trabalho por amor ao Senhor da obra é o há de mais importante. A este, como aos outros, fui leal, porém por mais que eu trabalhasse e me destacasse no grupo, mérito não era meu. O mérito não era do líder. O mérito era da união da equipe, que trabalhando ou não, tinha o mérito de fazer. Não me entristeci e não me entristeço por não levar o mérito, o que me interessa é o que aprendi e o que ganhei no trabalho. Ele estava sempre ao lado da equipe e sempre se destacava. Em alguns momentos sentia algo estranho por causa do brilho que ele tinha, mas nunca fui desleal e em situações de adversidade o convidava para uma conversa, onde eu sempre era bem tratado... Como criança, mas era. Fazendo uma comparação com aquela época, realmente eu era uma criança.

O líder posterior aceitava as coisas como eram. As coisas não precisavam mudar e estavam boas do jeito que estavam. Isso me trouxe grande tristeza e para não ser desleal com eleme afastei do grupo, mas sempre que podia os ajudava.

Comecei minha primeira liderança. A princípio tomando por base o que tinha aprendido. Depois desenvolvi meus próprio meios.

Meu objetivo? Superars os meus líderes. Não ser melhor que eles, mas fazer o que eles não fizeram. Chegar onde eles não chegaram. Superar não é ser melhor, é fazer melhor.

Das diferenças? Nenhum líder nunca me chamou de canto quando eu tinha lágrimas nos olhos. Nenhum líder me olhou nos olhos e me disse que eu estava errado. Nenhum líder sabia separar o pessoal do profissional. Nenhum líder foi a um show comigo. Nenhum líder me convidou para estar na casa dele. Nenhum líder conversou sobre chuvas e atos de criança comigo. Nenhum amigo brigou comigo e em seguida perguntou se estava tudo bem. Nenhum líder me levou a um restaurante. Nenhum líder quis ser mais amigo que líder. A nenhum deles eu fui falso e desleal, afinal, SOU CIDADÃO do céu.

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